Paulo MOTA (UFC) – ORCID
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O presente trabalho busca analisar as conceptualizações metafóricas do assunto Crise Climática em textos produzidos por inteligências artificiais generativas, a fim de identificar como as IAs processam comandos dados e reproduzem o padrão de pensamento, conforme a idade e a escolaridade do público-alvo. Para tal, apoiamo-nos na Teoria da Metáfora Conceptual (Lakoff, Johnson, 1980; Lakoff, 1985; Lakoff, 2009) para definir a metáfora como a compreensão do mais abstrato em termos menos abstratos. Ao considerar Gemini e Chat GPT como IAs de arquitetura Transformer e pré-treinadas (Junior et al., 2023; Rosa, Bruno, 2024), compreendemos que os textos gerados terão como base um banco de dados textuais prévios. A construção do corpus ocorreu pela coleta de interações do pesquisador com cada uma das referidas IAs, às quais submeteu-se três prompts pré-estabelecidos (1. explique a crise climática; 2. explique para um público-alvo escolarizado de 4-8 anos; 2. explique para um público-alvo não-escolarizado de 4-8 anos). A análise dos dados revelou que as metáforas conceptuais PLANETA É LAR, É PESSOA e É ORGANISMO VIVO são as mais recorrentes, havendo uma alternância no texto gerado. Em paralelo a essa descoberta, identificamos apenas no texto do Chat GPT a utilização do recurso emojis no texto gerado, o que aponta para o emprego da multimodalidade como elemento lúdico e atrativo. Ademais, em apenas um dos textos, a variável escolaridade influenciou em sua produção e a questão social-econômica emergiu como parte da metáfora produzida.
Palavras-chave: Metáfora Conceptual; Inteligência Artificial; prompt; crise climática.