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AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: CONTRIBUIÇÕES DA LINGUÍSTICA COGNITIVA

Elaine Cristina da SILVA (SME/RECIFE-PE) – ORCID
elaine.1288954@prof.educ.rec.br
Carlos Eduardo de Melo Pereira da VEIGA (UFRPE) – ORCID
carloseduardo090501@gmail.com

O presente estudo tem como objetivo analisar como os pressupostos da Linguística Cognitiva podem enriquecer o processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa nesse período escolar. A Linguística Cognitiva, ao contrário da visão normativa da língua como simples sistema de regras, entende-a como prática situada, dinâmica e relacionada às experiências cognitivas e socioculturais (LAKOFF; JOHNSON, 2002; LANGACKER, 2008). Nos anos iniciais, as crianças já trazem repertórios linguísticos de suas interações familiares e sociais, mas é na escola que se sistematiza a oralidade e a escrita. Nesse sentido, a pesquisa fundamenta-se também na concepção dialógica de linguagem proposta por Bakhtin (1997), segundo a qual os gêneros discursivos constituem formas privilegiadas de interação social. Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo e bibliográfico, com base em documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), e em referenciais teóricos da linguística cognitiva. Os resultados apontam que estratégias pedagógicas fundamentadas nessa abordagem, como contação de histórias, análise de gêneros textuais e produção de textos contextualizados, favorecem a reflexão sobre os usos da língua, a construção de sentidos e o desenvolvimento da consciência linguística. Conclui-se que a Linguística Cognitiva oferece ferramentas significativas para compreender a aquisição da linguagem como um processo ativo e construtivo, contribuindo para a formação de sujeitos autônomos e críticos.

Palavras-chave: Linguística Cognitiva; aquisição de linguagem; ensino fundamental; BNCC; língua portuguesa.