Lee PONTES (SEDUC/UFC) – ORCID
leepontes@alu.ufc.br
Mônica SERAFIM (DLV\UFC) – ORCID
mserafim15@gmail.com
A Gramática Cognitiva assume que a língua possibilita aos usuários acesso a vasto inventário de expressões simbólicas convencionais. Duas teses são fundamentais: 1) o significado se reduz a conceitualização (experiência mental) e 2) as estruturas semânticas incorporam “imagens” convencionais, ou seja, elas interpretam uma situação de uma maneira particular. O significado de uma expressão linguística pode ser explicado em termos do processamento cognitivo, visto que a cognição não está fora do âmbito da investigação científica, assim, as maneiras particulares de interpretação de uma cena envolvem coordenadas comuns: processamento sensorial, motor, emotivo e cinestésico, além da consciência do contexto físico, social e linguístico. O objetivo deste trabalho é explorar as implicações das habilidades cognitivas, especificamente, na habilidade de leitura. A fim de desenvolvermos este trabalho, basear-se-emos nas pesquisas de Langacker (1987, 1999), Fauconnier (1985) e Gívon (1979) que tratam do processamento cognitivo no uso da linguagem. Para a pesquisa, utilizamos os resultados dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio, de uma escola de tempo integral, em uma avaliação externa de Língua Portuguesa, elaborada e aplicada pela Secretaria de Educação do Estado do Ceará, em maio de 2024. A avaliação contava com 26 questões de língua portuguesa formuladas com base nos descritores que avaliam procedimentos de leitura, compreensão de gêneros de discurso e o uso da gramática normativa. Concluímos que as práticas de linguagem que equacionam as habilidades cognitivas associadas a atividades de leitura permitem aos alunos ampliar seus domínios sobre as estruturas linguísticas e aplicá-las em outras situações comunicativas.
Palavras-chave: Gramática Cognitiva; habilidades cognitivas; ensino de língua portuguesa;
