Jeniffer Soares de ALBUQUERQUE (UFRPE) – ORCID
jenialbuquerque.js@gmail.com
Maria Célia Pereira Lima HERNARDES (USP) – ORCID
mceliah@usp.br
Renata Barbosa VICENTE (UFRPE) – ORCID
renatabvicente@gmail.com
O processo de escrita, quando se está aprendendo uma nova língua, precisa ser, muitas vezes, contrastivo. Esse processo se mostra mutuamente aguçado quando as línguas em relação estão inseridas em contextos similares, como é o caso da Língua Portuguesa (LP) e da Língua Espanhola (LE). Nesse sentido, a complexidade do contato entre migrantes hispanófonos no Brasil faz-nos refletir sobre os mecanismos facilitadores para a aprendizagem da Língua Portuguesa, especificamente em sua modalidade escrita. Para isso, apropriamo-nos da Inteligência Artificial para moldar produções contrastivas sobre conteúdos específicos entre LE como L1 e LP como L2. O objetivo principal deste trabalho é investigar as possibilidades de uso da Inteligência Artificial (IA) para a cooperação no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa, com enfoque na modalidade escrita. A metodologia desta produção será qualitativa e exploratória, visando a testes em chats de IA comuns no cotidiano, com comandos específicos voltados ao cenário hispanófono migrante e baseados em conteúdos entre as línguas na modalidade escrita. Como referencial teórico, serão utilizados Krashen (1982), para iluminar a relação de aprendizado da L2; Holmes, Bialik & Fadel (2019), para explicar o uso da IA na educação; e Vertovec (2007), para discutir os impactos de um contexto superdiverso. Como resultados, colhemos que a facilitação que a IA, como ferramenta, proporciona é proveitosa para o ensino de L2, além de ser um recurso útil para a prática docente nesse contexto. Portanto, a IA, quando utilizada com ética, pode ser uma aliada da relação educativa.
Palavras-chave: Inteligência artificial; Língua Portuguesa; Língua Espanhola; migração.