Lívia RUIZ (Universidade Federal de Juiz de Fora) – ORCID
livia.padua@estudante.ufjf.br
Patrícia Fabiane CUNHA LACERDA (Universidade Federal de Juiz de Fora) – ORCID
patricia.cunha@ufjf.br
Tiago TORRENT (Universidade Federal de Juiz de Fora) – ORCID
tiago.torrent@ufjf.br
Este trabalho tem como objetivo analisar os frames evocados pelas cenas de violência doméstica no filme É assim que acaba. Para isso, foi realizado um processo de anotação dos dados à luz do aporte teórico da Semântica de Frames (Fillmore, 1982), utilizando um método de anotação da FrameNet Brasil estendido ao domínio multimodal (Belcavello, 2023). O corpus consiste em três trechos do filme, contemplando todas as cenas de agressão física sofridas pela personagem principal, perfazendo o total de sete minutos e cinquenta e seis segundos. A anotação dos eventos ocorreu considerando tanto o áudio original quanto as imagens do vídeo O resultado desta pesquisa indica que as cenas iniciais do filme não evocam frames de violência, ainda que esta ocorra, permitindo que o telespectador interprete-as de maneiras distintas. Entretanto, na terceira cena do filme, além de expressar significativamente a violência, a filmagem permite que as cenas anteriores sejam exploradas novamente, por meio da troca de ângulo da câmera, não deixando, dessa vez, margem para dúvidas no que tange ao cenário de violência.
Palavras-chave: multimodalidade; Semântica de Frames; violência doméstica; É assim que acaba.
